
Em um caso inusitado e alarmante, um homem foi preso em Jataí, Goiás, acusado de comercializar mosquitos transmissores da dengue com o objetivo de auxiliar trabalhadores a obterem atestados médicos para afastamentos prolongados.
Segundo informações de jornais locais, a prática consistia em infectar pessoas com o vírus da dengue, permitindo-lhes justificar ausências superiores a sete dias úteis no trabalho .
A investigação teve início após uma denúncia anônima a um instituto de combate à dengue, que levou as autoridades a descobrirem criadouros do mosquito Aedes aegypti nos fundos da residência do suspeito. Além disso, foram encontrados panfletos educativos sobre a prevenção da doença e uma agenda com nomes de possíveis clientes.
Este caso destaca uma forma extrema de manipulação para obtenção de benefícios trabalhistas, colocando em risco a saúde pública e individual. A prática de infectar-se deliberadamente para obter atestados médicos não apenas viola normas legais, mas também representa uma ameaça à coletividade, especialmente em regiões onde a dengue é endêmica.
A comercialização de atestados médicos falsos é uma infração recorrente no Brasil. Em 2021, por exemplo, um médico e o dono de uma clínica foram presos no Rio de Janeiro por venderem atestados falsos para vacinação contra a covid-19 . Mais recentemente, em 2024, um técnico em enfermagem foi detido em Ipojuca, Pernambuco, por vender atestados médicos falsos utilizando carimbos de médicos .
A legislação brasileira prevê penas severas para crimes relacionados à falsificação de documentos. De acordo com o Código Penal, a falsificação de documento público pode resultar em reclusão de dois a seis anos, além de multa .
Este episódio serve como alerta sobre os riscos e consequências de práticas ilegais relacionadas à saúde pública. É fundamental que a sociedade esteja atenta e denuncie atividades suspeitas às autoridades competentes para preservar a integridade e o bem-estar coletivo.



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